A VOZ DA EXPERIÊNCIA
18 abril 2011 – Segunda-feira
Tenho andado um tanto devagar com minhas saídas para treinamento… a verdade é que enche um pouco o saco esse negócio de ir até ali e voltar, só prá treinar. Tenho certeza de que meu sentimento seria diferente numa situação de estrada, real. Aí estaria com tesão de pedalar, porque estaria indo de um lugar para o outro, que é o que gosto – e não indo até o km x, da rodovia y, no meio de lugar nenhum, e voltando pelo mesmo caminho, como tenho feito. Quando tiver uma data prevista para partida, intensificarei meus treinos. Até lá vou pegar leve.
Hoje foi um dia muito produtivo, embora não tenha conseguido falar com a Renata Falzoni (caiu na caixa postal), como havíamos combinado, e nem com a Fernanda Cerávolo, minha amiga. A Renata, jornalista especializada em esportes com ênfase em ciclismo, vai me dar uma força (espero) na divulgação. E a Fernanda, dona da Vinil, prometeu me ajudar na concepção e confecção do site do projeto. Conto com ambas.
Mas no final da tarde tive um encontro muito especial. Por duas horas e meia tive o prazer de trocar idéias com o Arthur Simões, que por 3 anos e meio esteve em giro biciclístico pelo mundo com seu projeto Pedal na Estrada. O Arthur teve a gentileza de atender ao meu convite para uma cerveja num dos bares da “prainha paulista”, na esquina da Paulista com Joaquim Ribeiro de Lima. Para minha surpresa ele chegou… de bike. E foi excelente ter tido a opotunidade de expor a ele, ao vivo e em cores, todas as dúvidas que eu tinha com relação a uma aventura dessas. Do alto de seus jovens 29 aninhos, o Arthur é um daqueles seres iluminados, com inteligência, informação e sensibilidade para lidar condizentemente com um sem-número de situações… e por isso é um prazer ouvi-lo. Foram muitas as histórias ao longo de seu trajeto de mais de 38 mil quilômetros pelos cinco continentes. E foram também muitas as dicas absolutamente valiosas que ele me deu. Esse é um lado muito interessante do cicloturismo: ele te põe em contato com pessoas de finíssimo trato, voluntariosas e dispostas a te ajudar. É a magia da bicicleta.