\\ Blog diário de bordo

15 Sep 2011

O PRIMEIRO FURO A GENTE NUNCA ESQUECE

Perrengue rodoviário

Perrengue rodoviário

Então ontem passei a tarde inteira usando o computador da Paula. Fiquei lá até o fechar da agência, e ainda assim não dei conta de finalizar tudo o que tinha a fazer. Nem eu acredito nisso… Saí por volta das 18:30 hs e voltei à sede da Rádio 87 para ver se conseguia pegar minha cópia da entrevista. A porta de vidro estava fechada, mas através dela eu podia ver o locutor do horário dentro do “aquário” (estúdio). Ou seja, havia dois vidros entre nós… Fiz o que pude para chamar sua atenção. Foram bem uns 10 minutos de mímicas e micagens. Debalde! Até que chegou outro funcionário e abriu a porta, mas ninguém sabia do paradeiro da minha cópia… Sigo para um supermercado, onde faço algumas compras para os lanches estradeiros do dia seguinte. O gerente curte minha história e anota o endereço do site.

Dalí vou direto para o The Square Pub, onde graças à Paula eu tinha um jantar assegurado. Lá chegando, deparo-me com um ambiente muito agradável, composto por uma decoração rústica e um telão no canto onde passava um documentário sobre o Simple Red. Desço para o andar inferior, onde funciona uma charmosa venda de queijos, vinhos e afins para encontrar o Fúlvio, meu anfitrião, que me apresenta seu pai, o Cardosinho. Temos a mesma idade e nos damos muito bem. Eles me oferecem um jantar, escolhi uma lasanha 4 queijos que, confesso, estava squisita (excelente). Na saída, o Fúlvio faz questão de me regalar um presente e busca nas prateleiras um item adequado. Encontra e me dá um pacotaço de castanhas do Pará, mal sabendo ser eu um castanhófago militante. Diria mesmo castanhófilo, donde deduz-se que adorei a escolha.

Fúlvio & The Square Pub

Fúlvio & The Square Pub

Para concluir o que tinha a fazer volto para a já familiar lan-house, mesmo sabendo que isso poderia causar um desapontamento à Paula Fernandes, visto que de fato não me será possível comparecer ao seu show, no rodeio. OK turma do Odeio Rodeio, vocês venceram! De volta ao hotel, entrego-me ao prazer de ver a esquadra canarinho debater-se na gaiola. Arrumemos os pertences para sair à primeira hora da manhã. O vento, gélido, uiva nas frestas da janela. Adormeço sob 2 cobertores, para acordar às 7 hs.
Ao despertar tento usar o banheiro, mas alguém chegou antes e ao sair deixa-o perfumado – não de flores. Para minha surpresa, a manhã está mais quente do que eu imaginara que estaria. Monto os alforjes na bike, tomo café, agradeço a cortesia, saio para a rua e fico me alongando na calçada. Ao assumir os pedais e encarar a primeira longa rampa logo de cara, meu corpo me diz: “Putz, cara… de novo?  Não tô legal, não tá vendo que eu tô cansado?”

Ao que contesto: “Ah… qula é?  Pára com isso, meu.  Você teve dois dias para descansar.  Hoje é dia de pedalagem”.

E assim meu espírito, às turras com a matéria, prepara-se para enfrentar problemas ao longo dos 60 quilometros de asfalto que nos separam do próximo destino, Itararé, a última cidade do estado. Subo novamente até a rádio, quem sabe agora pela manhã? Nada feito, mas a Natália, simpática recepcionista, anota meu e-mail e promete me enviar a gravação virtualmente. Nada mais me prende a Itapeva e despeço-me agradecido pela tão calorosa acolhida. Até mais ver, amigos.

Tomo a estrada com dificuldade, pois estranhamente não há placas indicando Itararé. Ao singrar o acostamento, a reclinada nunca passa incólume… as pessoas atentam, acenam e comentam. Para as 10 horas tenho marcada uma entrevista com o repórter-abelha da TV Tem, o Thiago, que deverá alcançar-me na estrada. De fato, quando havia rodado cerca de 15 kms ele me liga para avisar que chegará em breve. Mal desligo o telefone e, ao descer o degrau da pista para o acostamento, ouço um TUC TUC do aro batendo no asfalto… Xiiiiii, mau sinal… isso é prenúncio de pneu murcho, e pneu murcho é indício de pneu furado. E pneu furado é um pé no saco, por assim dizer…

Paro, desço, checo, constato. É… tá murcho mesmo. Sejamos otimistas e tentemos reenchê-lo, quem sabe agüenta cheio? Negativo. A carga extra de ar dura não mais do que 10 minutos e então me certifico de que há um furo deveras. O que fazer? Decido ir enrolando com cargas de ar até o repórter chegar e concluir sua matéria. Depois, penso, com calma consertarei a câmara. Mas o Thiago, que chega na sequência, para minha grata surpresa é um cara extremamente solícito e  diz: “Vamos consertar isso antes de fazer a reportagem. Eu te ajudo. Eu era ciclista federado”. Ora, mas que legal. Consertemo-lo, pois. Por mim, teria remendado a câmara sem tirar a roda da bicicleta, mas o Thiago acha melhor tirá-la… então é o que fazemos. E confesso que sinto um nozinho na garganta ao ver a bike sem a roda. Mas após cerca de uma hora de encontros e desencontros mecânicos, por fim conseguimos deixar tudo em perfeita ordem. Fiquei imaginando como será fazer tudo isso sozinho, qualquer dia desses… E então fazemos a entrevista, as imagens e o Thiago ainda para o carro cerca de um quilometro à frente, numa longa descida, para me gravar passando à toda. Valeu a força, brother.

Perrengue rodoviário

Perrengue rodoviário

Eu & Thiago

Eu & Thiago

Essa uma hora perdida fará falta… seja como for, sigo alternando entre o acostamento e a pista, dependendo das condições do pavimento e do trânsito. Paro às margens de um rio para comer. Normalmente teria feito isso por volta das 11 hs, mas hoje já são 13:30 hs. Paciência, comamos e sigamos. Não estou legal como gostaria de estar. Estou cansado. Percebo que realmente estou encontrando dificuldades para que meu corpo se adapte às exigências do pedal. Se pedalo 60 km carregado, fico dois dias parado e ainda assim não me recupero. Nesse ritmo, este projeto tomará não cinco, mas quinze anos do meu tempo. Tenho esperanças, no entanto, que meu desempenho venha a melhorar à força da insistência.

Trigo

Trigo

O dia está nublado, o vento é frio o tempo todo. De novo o dilema: torrar dentro da parca negra sob o sol de inverno ou congelar na camiseta branca solapado pelo vento gelado? O que preciso é de um agasalho intermediário, mas recuso-me a agregar o que quer que seja à minha já overdosada carga a transportar. Já rodei 45 km… o dia não está rendendo… estou atrasado, e a cada pedalada mais cansado. Agora já desço constantemente para empurrar nas subidas. As pernas doem e começo a sentir um imenso desejo de chegar. Isso não é bom…

Para chegar à frente, deixamos muito para trás

Para chegar à frente, deixamos muito para trás

Por fim, alcanço Itararé. Ao entrar na principal rua da cidade, passo a rodar sobre paralelepípedos. Se conferem um ar deliciosamente interiorano à paisagem, também impedem que a bicicleta progrida com suavidade. Ela pula que nem uma cabrita e eu não posso desenvolver mais do que 10 km/h sob o risco de desmontar ou explodir o veículo. As pessoas olham e apontam, me sinto mais ET do que já sou. Mas estou feliz por ter chegado. Dirijo-me diretamente à pousada que o Elói produziu, a Pousada Topitó, que fica além da cidade, o que me faz atravessar o centro de ponta a ponta. Ao chegar, sou recebido pelo Fernando que pede que aguarde a chegada de seus pais. E em breve chegam o Sr. Antonio e a Sra. Elizabete, pessoas simpaticíssimas e esclarecidas com quem é um grande prazer conversar.  Também me liga a Veruska, da turma que promove eventos aqui, previamente contatada pela Paula, para marcar comigo alguma visita ecológica pela região.

Pousada Topitó I

Pousada Topitó I

 

Pousada Topitó II

Pousada Topitó II

 

Pousada Topitó III

Pousada Topitó III

Dona Elizabete passa um café fresco e me oferece bolo de milho e “torta preguiça”, de banana. Não saberia dizer qual estava mais delicioso… E Seu Antonio me explica o porque as cidades desta rota estão sempre a 60 quilometros umas das outras, fato que eu já havia percebido justamente por serem 60 kms a distancia que venho cobrindo nos dias de pedalagem. Ele esclarece que esta é uma antiga rota de tropeiros que traziam o gado dos pastos gaúchos para a feira anual de Sorocaba e que essa é a distancia do progredir diário de uma tropa de muares. Ou seja, as cidades desta região foram fundadas em função do pouso dos tropeiros – e não em torno da igreja católica, como ocorre tão amiúde em outros pontos do país. Isso no início do século XVIII.

Progrido a passo de mula...

Progrido a passo de mula...

Enfim, vou para os meus aposentos onde tomo um banho quente e demorado, pensando como será no dia em que não mais puder dar este merecido agrado ao meu corpo… O preparo não é só físico, mas também psicológico. Por volta das 18:30 hs saio para buscar um restaurante e uma lan-house. Ao chegar ao centro, constato uma vez mais que nestas localidades o comércio fecha cedo, e às 19:00 já tenho dificuldade em encontrar um jantar. Então tenho pressa.   Não quero lanches, quero arroz e feijão ou coisa assim. Por sorte, vejo no fundo da “Pastelaria do Chinês” uma placa onde se lê: “Yakissoba – R$ 8,00”. Maravilha. Resolvo meu problema antes que a cidade apague de vez. Ao comentar com o proprietário que estou dando uma volta ao mundo, ele se anima e me diz que irei passar perto da cidade dele, na região de Hong Kong. Na verdade, não vou. Mas o papo rende durante todo o jantar que, aliás, estava bem saboroso…

Itararé's night

Itararé's night

Por fim, consigo um café fresquinho, passado na hora, numa hamburgueria e acho uma lan-house aberta, onde me encontro no momento, às 22:15 hs. Já já caminharei para a pousada, onde recolherei do jardim o SPOT que deixei escondido transmitindo minha posição aos satélites. O mundo está muito moderno. Daqui seguirei para Jaguariaíva, no Paraná. Mas não hoje… nem amanhã.

 

RESUMO CICLÍSTICO:

DATA: 15. Setembro. 2011 / Quinta-feira
LOCAL: Itararé, São Paulo (Brasil), ALTITUDE: 740m
TEMPO: Dia nublado, muito frio. Sem chuva.
TEMPERATURA: 12ºC – 22ºC
KMs PEDALADOS HOJE: 62 km
MÉDIA: 8 km/h (muito baixa…)
VELOCIDADE MÁXIMA: 62,9 km/h
HORÁRIOS PARTIDA / CHEGADA: 08:00 hs / 16:30 hs
OCORRÊNCIAS: 1 pneu furado
TOPOGRAFIA: região montanhosa
CONDIÇÃO FÍSICA: Cansado, apesar de descansado
DIAS DE ESTRADA: 13
DIAS PARADO (em descanso, turismo ou reportagem): 7
KMs PEDALADOS ACUMULADOS: 389 km
QUILOMETRAGEM TOTAL PERCORRIDA (inclui ar + mar): 389 km

\\ comentários

  1. Andréa Lopes

    Valente amigo, siga em frente que SP está ficando para trás…
    Bjo

  2. Atria do Kilometrando-Brasil

    Grande Pedal de Ouro, vc aos pouco vai entrar no ritmo, meu amigo
    um abrazo grande y mucha suerte,
    ainda vou ter un autografo seu

  3. Amilcar M. Claro

    Mas, e a máscara verde-amarela?

    • Elcio

      Usei-a pela manhã…. à tarde o ar já tava mais quente. Prefiro não ter de usá-la. Abração Elcio

  4. Lika Geribello

    Força aí Elcio….
    :O)

  5. Ciça

    Querido Élcio estava atrasada na leitura de sua tropeira aventura!Tenho comigo que seu cansaço, lhe diz vai, vai,vai devagar; há poucos estarás cruzando a fronteira deste Brasilzão. Los hermanos,nuevos contatos e nosotros a cá,estaremos seguindo e torcendo!! Adelante capitão! bjs

  6. Rafael Sorano

    Élcio, estou aqui torcendo por você e acompanhando seu trajeto. Encare a estrada e siga sempre em frente. Já fiz longas viagens de moto pela América do Sul e sei que, às vezes, temos que redobrar o ânimo para seguir e ver o que vem depois da curva. E depois da próxima curva é sempre surpreendente. Só pense em seguir, o mágico disso não está na chegada, mas no caminho. Grande abraço e conte comigo se precisar. Força!

    • Elcio

      Beleza, Rafael. To seguindo, apesar do baixo rendimento… não me ocorre voltar. Abração e obrigado
      Legal saber que vc tá acompanhando a saga hehe
      Elcio

  7. Elói Barboza Neto

    Di novo: Mantendo a parada em 2 dias, não seria interessante despachar os alforges para a próxima cidade e ter um desempenho melhor, menos sacrificado? Não deixe de postar a foto do casal anfitrião da Topitó!

    • Elcio

      Não dá. Os alforjes tem de estar junto. Minha vida tá dentro deles. Farei a foto sim. Mandastes muito bem, parabéns e obrigado =)
      Abração
      Elcio

  8. luis

    Elcio, mano véio. Não pude me despedir de você mas estou acompanhando sua saga. Entre a vista do oitavo andar e as de agora, acho que fez a escolha certa. Vai fundo mano, logo o corpo acostuma, se não acostumar; te vejo daqui 10 anos!

  9. ERNANDO ALVES

    OLÁ ELCIO! VEJO QUE O CANSAÇO ESTAR LHE INCOMODANDO MUITO, MAIS VC NAO PRECISA SE ESFORÇAR TANTO ASSIM AMIGO, TERÁS MUITO TEMPO PELA FRENTE E COMO VC MESMO DISSE NO SEU DISCURSO LA NO MARCO ZERO ISTO E UMA FORMA DE CURTIR A VIDA POR AI SINONIMO DE LIBERDADE ACREDITO EU SIGA EM FRENTE AMIGO ESTAMOS COM VC NESTA JORNADA ABRAÇOS!

  10. Marta

    Oi Elcio, tb to indo junto, hein? num esqueça, não pude ler o rodaslivres dois dias já vim correndo hoje me atualizar, obrigada por dispor de tanto tempo compartilhando cada detalhe com a gente que tá aqui pegando transito na 23 de maio todo dia, heheheh…aquela torta de banana com café da dona da pousada deu para sentir o gosto! DESCANSA mais, vai! num tem pressa, se preserva que eu vou querer ler os relatos lá do outro lado do mundo mas eu espero, papo rehab: um dia de cada vez! bjão té já Marta

    • Elcio

      Essa de um dia de cada vez tem sido meu lema, Marta. Aliás, nas minhas palavras : SÓ POR HOJE hehe. Vc acertou na mosca. bj

  11. Veralice

    Elcio, o dia não foi fácil, mas já passou, amanhã se sentirá melhor, aquele cafézinho fresquinho, pousada graciosa e novos amigos pra conhecer!
    Beijo grande e fica com Deus!

  12. Francisco Martins

    Caríssimo, tenho a impressão de estar descobrindo o Brasil novamente com você. Para quem está tão longe, ler os teus relatos, ver as fotos das cidades, campos e caminhos, é um prazer enorme. Bonne route et a très bientôt!

    • Elcio

      Salut, Chico. Moi aussi… je suis en train de redecouvir notre pays. Et j’aime bien ça que je vois. Je t’embrasse

  13. juracir h caixeta

    Thenorio,está me parecendo que o físico e o psicologico vai ditar o rítimo da aventura, Se faz necessario conhecer ambos, domina-los e respeita-los.Estou chegando contigo no Paraná.Abração, sorte, calma e perseverança.
    Jura.

  14. Ronaldo Negro

    Elcio, tudo em ordem?
    Ao que me parece, algumas coisas estão sendo novidades para você, quando organizou a sua aventura.
    Eu já comentei também da possíbilidade de trocar a Bike por Moto e uma outra coisa que me ocorreu diante dos seus relatos que venho acompanhando diariamente, pense que se adiante tiver dificuldades, em outro Paìs poderá ser tarde demais ou mais difícil de contorná-las.
    Minha sugestão seria que você realmente testasse numa bicicletaria, pega uma bike emprestada, faça alguns testes com outro modelo de Bike, com ou sem suas bagagens pra ver como se comporta e seu rendimento.
    Realmente as suas paradas nas cidades estão maiores, porém necessárias até para recompor suas energias. Mesmo que demore mais tempo que o previsto, imagina quando chegar em grandes cidades que ficarás mais curioso para conhecer as coisas por lá…
    Enfim, eu e muitos outros estamos te seguindo e te dando a maior força…
    Um Abração!!!

    • Elcio

      Tem razão, Ronaldo. A tendência é complicar… mas sou do tipo que espera o circo pegar fogo prá ir buscar a água… Vamos assim porenquanto. Abração Elcio

  15. Marcos Leite

    Força na piruca Thenorim….

  16. Pola Galé

    Élcio, realmente deve ser dificil pegar 60 km todo dia no pedal. Mas tem o seguinte: na descida todo santo ajuda, né? Agora, quando sair do Brasil a coisa vai apertar aí é, mais uma vez, fé na vida e pé no pedal.
    abração Galé

    • Elcio

      Galé.
      Sem dúvida que na descida vai bem… a novidade é que com muito peso a bike perde o embalo na subida assim que esta começa… é a força da gravidade puxando a massa para baixo. De 50km/h cai para 5 nos primeiros 30 m. Mas tudo bem, apesar da física e do físico, o moral continua alto hehe abração

  17. Eliana Secco Vergos

    Oi primo!!! Fiquei um tanto preocupada no que diz respeito ao seu desempenho fisico e psicológico e acho que o Juraci H. Caixeta tem toda razão as palavras dele foram sábias. Além do mais não podemos deixar de levar em conta que teremos dias de chuva, cidades com pouca ou nenhuma infra-estrutura,etc…etc…por isso deve respeitar o seu ritmo, precisamos de voce bem, saudável e em paz para percorrer esse caminho,então cuide-se bem . Um beijãozaço pra voce primo !!!

  18. Bebel

    É isso aí primo… precisamos de vc bem fisica e psicologicamente. Vai com calma e sempre. Força na canela!!! Fica com Deus. Bjs e até amanhã.

  19. Augusto

    Elcio, essa sua rota segue grosso modo a mítica rota entre São Vincente e Assunção, que lá no séc. XVI muitos acreditavam ser a base para se chegar ao Eldorado. Essa rota também foi objeto de desejo de Manuel da Nóbrega, que queria utilizá-la para chegar aos índios do sertão e catequizá-los. Ele não conseguiu seu intento, pois, temeroso de uma invasão espanhola por terra, o governador-geral Tomé de Souza resolveu fechá-la.

    • Elcio

      Que legal, Augusto. Mais um pouco que aprendo sobre esse caminho que venho trilhando palmo a palmo. O que já deu prá perceber é que essa rota tem história, tendo sido muito importante no passado. Abração Elcio

  20. Augusto

    Quanto ao pneu: se você estiver levando câmara de reserva, acho melhor e mais rápido só trocar a câmara e deixar pra fazer o remendo depois. Se furar outra vez, o que é muito azar, aí remenda. Senão, remenda com calma, depois de chegar, sem perder tempo de pedal. Você tá usando Mr. Tuff? Eu recomendo demais, evita muitos furos.

  21. Edélcio - Dédo

    Arabal, acho que seria bom parar n]em uma bicicletaria da próxima cidade e simular um conserto de pneu da maneira tradicional, com cola, michelin. Pneus vão furar com certa constância e, sabendo consertar é um passatempo. Abraços fraternos.

    • Elcio

      Dédo, isso eu sei fazer. O que é mais embaçado é desmontar a roda… é desajeitado pacas fazer isso sozinho. Mas acho que vou acabar pegando o jeito… valeu a sugestão
      PS.: Encontrei o carregador, tava comigo mesmo.

      Abração
      Elcio

  22. Henrique

    Oh! Dr. Élcio!!! Abração e boa passagem de estado, ja ta do lado do Paraná!!! pra quem quiser conhecer Itapeva e região fica aqui a dica… http://www.itapevaecoturismo.com.br
    Vai com Deus meu querido!!!

    • Elcio

      Grande Henrique. Obrigadíssimo pela carinhosa recepção que vocês me proporcionaram aí. Acho que essas coisas ficarão sendo, para sempre, o ponto alto de uma aventura como essa.
      E parabéns pelo trabalho maravilhoso junto à natureza.
      Abração e vamos nos falando…
      Elcio

  23. Paula

    Élcio, é admirável a sua disposição e determinação! Com fé e pedal você chegará de encontro ao seus sonhos, e isso não tem preço!
    Deus está com você e nós estamos aqui, torcendo e sempre dispostos a dar uma força! Vou levar a idéia do Hostel adiante, ok? Logo te mando notícias, tá! Abração

    • Elcio

      Grande Paula,
      Obrigado, querida, por todo o carinho com que vocês me receberam.
      Agradeço pela excelente idéia do Hostel, se isso der certo será uma
      garantia de sucesso…

      Bj
      Elcio

  24. ciclopedal

    Elcio o primeiro furo a gente nunca esquece…até por que ele é na roda traseira sempre kkkkkkkk.
    Abaços
    Sergio e Elisa

    • Elcio

      Putz… sacanagem, né? Os deuses do ciclismo bem poderiam ser mais condescendentes 😉 Abração pro 6 2

  25. Tony

    Parceiro, claro que vc está (ou melhor a bike está)usando fita anti furo nos pneus.
    Eu nao conhecia o tal SPOT, espero que minha mulher nunca sonhe que já inventaram… cicloabraco

  26. Edmilson Santoma

    Elcio, desafios e tropeções faz parte de toda jornada, estamos te acompanhando de perto. Que não lhe falte a coragem, pois você demonstra que quem tem vontade e tem iniciativa, tudo consegue.

  27. Thiago Fantinatti

    Elcio, voce não consegue trocar o pneu apenas deitando a bike de lado? abraços

    • Elcio

      Sim, Thiago. Tem sido assim nas últimas duas trocas. Até porque sozinho não dá prá ser de outro jeito.

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